#MarinaNão

| domingo, 31 de agosto de 2014
Muito bom ver as coisas que você diz indo passear pela internet!

#MarinaNão



edit

#100MPBs #Dia028 Abrindo as portas da vida prum beija-flor te beijar...

| domingo, 31 de agosto de 2014
Pareço jovem, mas sou do tempo que a axé music nem se chamava ainda axé music e tinha belíssimas composições.

Tá! A parte do "pareço jovem" está meio sem sentido, porém, vamos ao que interessa.

A-DO-RO as músicas do Luiz Caldas. Desde o primeiro LP, que tínhamos em casa e que todos os parentes e amigos tinham também. Era o som das festas de fim de semana. 

Dançávamos de "Fricote" a "Lá vem o guarda (guarda)". Eu tentava dançar a "lambada francesa" de "Mademoiselle (O La Ou Té Yé)" e fazia força pra entender "Bervely Hills". 

Porém, uma música que me acompanhou por anos foi "É tão bom". Música grava com a participação de Caetano Veloso, sempre era usada como motivação e momento de confraternização pelas pedagogas que trabalharam com a gente. Som de infância, de adolescência, de vida adulta. De vida, enfim. 

Afinal, é tão bom quando a gente se entrega a beleza, se sente em total realeza com a natureza e o amor...

#100MPBs #Dia028
edit

#MúsicaExtra Chover, chover!

| sábado, 30 de agosto de 2014
O jeito vai ser pedir ao Cordel do Fogo Encantado que volte aos palcos e faça um show aqui em São Paulo.

Chover (ou Invocação Para Um Dia Líquido)
Cordel Do Fogo Encantado



O sabiá no sertão
Quando canta me comove,
Passa três meses cantando
E sem cantar passa nove
Porque tem a obrigação
De só cantar quando chove*

Chover chover
Valei-me Ciço o que posso fazer
Chover chover
Um terço pesado pra chuva descer
Chover chover
Até Maria deixou de moer
Chover chover
Banzo Batista, bagaço e banguê

Chover chover
Cego Aderaldo peleja pra ver
Chover chover
Já que meu olho cansou de chover
Chover chover
Até Maria deixou de moer
Chover chover
Banzo Batista, bagaço e banguê

Meu povo não vá simbora
Pela Itapemirim
Pois mesmo perto do fim
Nosso sertão tem melhora
O céu tá calado agora
Mais vai dar cada trovão
De escapulir torrão
De paredão de tapera**

Bombo trovejou a chuva choveu

Choveu choveu
Lula Calixto virando Mateus
Choveu choveu
O bucho cheio de tudo que deu
Choveu choveu
suor e canseira depois que comeu
Choveu choveu
Zabumba zunindo no colo de Deus
Choveu choveu
Inácio e Romano meu verso e o teu
Choveu choveu
Água dos olhos que a seca bebeu

Quando chove no sertão
O sol deita e a água rola
O sapo vomita espuma
Onde um boi pisa se atola
E a fartura esconde o saco
Que a fome pedia esmola**

Seu boiadeiro por aqui choveu
Seu boiadeiro por aqui choveu
Choveu que amarrotou
Foi tanta água que meu boi nadou***

*Zé Bernardinho
**João Paraíbano
***Toque pra boiadeiro
edit

#100MPBs #Dia027 Encantos, cantigas, canções de ninar...

| sábado, 30 de agosto de 2014
Nada entrega mais a idade que revelar a sua novela preferida. “A Gata Comeu”, de 1985, está na minha lista das melhores novelas que a Globo já produziu. Lembro de detalhes do elenco e das cenas, das músicas nacionais e internacionais de sua excelente trilha.

E eu, além de viajar pelo Rio de Janeiro assistindo a novela, sonhava em fazer parte do clubinho de crianças que aprontavam todas. E eu já achava Danton Melo lindo...
Oh, saudade da infância. Pra que a gente cresce?


#100MPBs #Dia027
edit

#100MPBs #Dia026 ...porque sabe passar e eu não sei...

| sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Sexta-feira. Mundialmente conhecida como o dia da cervejinha no final do expediente.

Eu era boa nisso antes de voltar a estudar.

Era boa na arte de “beber um pouquinho pra ter argumento”.

Porém, o tempo passa, as coisas mudam, a gente muda e tudo muda. Menos o tempo, que nunca deixa de passar.

E o tempo?


#100MPBs #Dia026
edit

#100MPBs #Dia025 E passo a passo vai cumprindo a profecia...

| quinta-feira, 28 de agosto de 2014
Quando eu pensava em São Paulo, sempre imaginava um lugar frio, com garoa, com abundância.

Aí venho morar aqui e o que sinto? Calor!

O que vejo? Seca!

O que testemunho? Racionamento de ÁGUA!

Começo a achar que Antonio Conselheiro estava era muito certo!


Por isso, a música de hoje é a excelente “Sobradinho” dos também excelentes Sá e Guarabyra.


#100MPBs #Dia025

edit

#MúsicaExtra #Eleições Louvor a Chico Mendes

| quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Hoje o blog ganha uma música extra.

"Louvor a Chico Mendes", cantada por Simone, era a música brasileira que mais me emocionava em 1989, quando morei em Belém do Pará.

O Brasil, e principalmente a região Norte, chorava o assassinato de Chico, o seringueiro.

A música fala de uma Amazônia que clamava e cada vez mais clama por atenção.

Fala de um homem do povo que foi assassinado por interesses dos inimigos do verde.

Falava de alguém que hoje Marina Silva iguala à "elite". Oi?

Publico a música aqui e, quem tiver o contato da presidenciável, manda o link pra ela, por favor? Vai que ela se lembra do antigo companheiro e de suas causas, né?

#MúsicaExtra #Eleições

edit

#100MPBs #Dia024 Não cabe como rima de um poema...

| quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Como eu disse ontem, fui ao show do Guilherme Arantes no Shopping Pátio Higienópolis e voltei mais encantada ainda com os sucessos deste que é um dos maiores cantores e compositores do Brasil.

Mas vamos a hoje:

Desafio cada um de vocês.

Duvido que haja alguém que nunca tenha gostado de outro alguém que não merecesse ser gostado.

Se você já se livrou de um “gostar desperdiçado”, meus parabéns!


Se ainda sofre deste mal, escute esta música. E se liberte, pois, pode até ser uma pena, mas tem gente não vale a pena. Não vale uma fisgada dessa dor, não cabe como rima de um poema de tão pequeno.


#100MPBs #Dia024
edit

#100MPBs #Dia023 Dos estragos improváveis...

| terça-feira, 26 de agosto de 2014
A postagem de hoje antecede um encontro inédito. Faltarei à aula de ética e legislação para assistir ao show (que, acredito, será pocket) do cantor Guilherme Arantes. Ele se apresenta à noite no Pátio Higienópolis, perto daqui de casa, em comemoração ao aniversário do Shopping.

Guilherme Arantes é daqueles artistas de músicas atemporais, imortais. Escreve para criança, canta para adultos. Fala de meio ambiente, de política e principalmente de amor.

Minha escolha de postagem certamente não será cantada logo mais à noite, mas é a que eu mais gosto de toda a sua obra. Afinal, tem que ser muito sensível para entender que uma mulher só modifica seu jeito de amar quando tem um motivo doloroso.

Lembro de ouvir “Lágrimas de uma mulher” entre as mais tocadas nas rádios no comecinho dos anos 90. Desde lá, ela sempre me tocou.

E não! Eu não prometo fazer selfie com o cantor mais tarde.


#100MPBs #Dia023
edit

#100MPBs #Dia022 Não sou do tipo que faz comício...

| segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Atire o primeiro par de tênis Conga quem não curtiu essa música nos anos 80. Rasgue as notas de dinheiro do Banco Imobiliário quem não a conhece.

As meninas consideradas mais “pra frente” adoravam cantá-la. Algumas jurando que o refrão dizia “eu sofri, sempre fri, eu sofri demá-áaaais”. Eu, na minha humilde ignorância juvenil, não sabia patavinas de inglês, mas entendia que aquele free indicava liberdade.

Afinal, uma pessoa que tinha o pai surfista profissional e transava muamba, só podia viver solta pelo mundo, né?

Fiquemos hoje com a voz da queridíssima DulceQuental.



#100MPBs #Dia022
edit

#100MPBs #Dia021 Estamos cá dentro de nós...

| domingo, 24 de agosto de 2014
Conheci na voz de Maria Bethânia quando esta música fez parte da trilha de A Indomada.

“Onde estará o meu amor” é daquelas músicas que me fazem viajar. Não sei por onde, nem sei pra onde, mas sei que a alma sai um pouco do corpo e passeia por um lugar cheio de amor.


Chico César, o Maranhão em poesia.

#100MPBs #Dia021
edit

#100MPBs #Dia020 Pelo orvalho que a natureza rega...

| sábado, 23 de agosto de 2014
Sábado é dia de feijoada, de cerveja, de farra e, para muitos, dia de faxina em casa.

Atire o primeiro espanador quem não faz a limpeza da casa ouvindo música. 

Tenho amiga que fazia faxina ao som de Julio Iglezias, pois ela é chique desde a adolescência. Tenho amigos que a faziam ao som de Roberto Carlos. Repertório não falta quando chega a hora e vez do balde, vassoura e pano de chão. Portanto, duvido que alguém tenha seu dia de borralheira em silêncio!

Pois, para mim, lembrar da faxina do sábado nos anos 90 é lembrar de Agepê. Não tinha uma rádio sequer que não tocasse “deeeeeeeeeeeeixa eu te amar, faz de contaque sou o primeeeeeeeeeeeiro”.

Falando nisso, eu, naquele tempo, me perguntava: deve amar muito um cara que, mesmo sabendo que a mulher não é mais “moça”, mesmo assim implora pra ficar com ela, né?


Agepê, você era um homem que via muito a frente do seu tempo. Ainda bem que hoje a experiência no currículo é o que vale mais.

#100MPBs #Dia020
edit

Roubo a quatro mãos

| sábado, 23 de agosto de 2014
Ladrões de celular* têm 4 mãos.

Duas, agarradas ao próprio corpo, são ágeis, leves, traiçoeiras, bandidas.
As outras duas são parte do corpo de quem compra celular* roubado. Podem não ser tão ágeis e leves. Talvez até por falta de coragem e oportunidade, mas são também traiçoeiras e bandidas.

Bandido quem furta, quem toma, quem rouba. Bandido também quem compra "mais barato".

Pense nisso quando for adquirir por qualquer "cem conto" algo que alguém comprou de forma honesta.

*Trocar a palavra celular por qualquer outro artigo que você já tenha perdido devido a maldade de alguém.
edit

#100MPBs #Dia019 E é assim o nosso jeito de viver...

| sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Sexta, dia internacional do happy hour. Dia de cerveja, música e prosa. Dia de escutar música que toca fundo, lá no fundo do coração.

E, de tantas que batem lá dentro e deixam lembranças, “Deslizes” é uma das de maior audiência.


Abre aí uma cerveja, puxa um tamborete mais pra perto da mesa e não estranhe se o cearense Fagner aparecer por aqui mais vezes.

#100MPBs #Dia019
edit

#100MPBs #Dia018 Na palma da minha mão...

| quinta-feira, 21 de agosto de 2014
O que mais se parece com um programa de calouros que esta música de Jessé?

“Porto Solidão” é, segundo minha lembrança – não confundir com estatística – a canção mais lembrada pelos cantores amadores quando querem impressionar a plateia e os jurados. Acho que só perde para as internacionais de Whitney Houston e Mariah Carey.

Exige fôlego, exige grito, exige equilíbrio e exige além: interpretação da letra, tão verdadeira e tão profunda.


O Brasil perdeu Jessé cedo, aos 41 anos. Lembro da comoção pública em sua partida no ano de 1993. Mas, para nossa sorte, os artistas são imortais.

#100MPBs #Dia018
edit

#100MPBs #Dia017 Mas foste tu mesmo o culpado...

| quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Não é do meu tempo, pois nasci depois da morte de Dalva de Oliveira. Mas sou uma apaixonada pela biografia e obra desta que foi uma das maiores cantoras do Brasil. Inclusive, penso em estudar a história de Dalva e sua relação de amor, ódio e intriga com Herivelto Martins e apresentá-la em meu TCC, pois a imprensa da época teve grande culpa pelo desfecho das histórias.

De tantas músicas que ela imortalizou, esta que trago hoje é uma que nos faz imaginar o quanto de sofrimento e desespero ela levava em seu coração quando sua separação se tornou pública. Ser mulher nunca foi fácil e naquele tempo era menos ainda.



#100MPBs #Dia017
edit

#100MPBs #Dia016 Mania que dá e passa, feito brincadeira...

| terça-feira, 19 de agosto de 2014
Já falei aqui do meu orgulho de ser nordestina? Acho que já e praticamente todo dia. E quando a música feita no Nordeste sai da nossa região e ganha vozes, arranjos e acordes fora de casa? Aí meu orgulho dobra.

Conheci as Chicas no Som Brasil dedicado ao imortal Gonzaguinha, que é pai de duas das quatro cantoras do grupo. Na ocasião, elas cantaram o clássico “Eu apenas queria que você soubesse” ao lado de Simone. Não escolhi esta versão para hoje, pois, em se tratando de Simone, ainda não decidi qual música postar aqui, pois ela cedeu sua linda voz a lindas interpretações.

A que ofereço a vocês hoje é “Espumas ao vento”, música que já ganhou versões com os mais variados artistas. Desde Flávio José, forrozeiro paraibano de Monteiro que bota todo mundo pra dançar, a Elza Soares na trilha do filme Lisbela e o Prisioneiro.

A versão das Chicas se torna ainda mais especial por começar com outra bela poesia do meu povo: “Saudade da boa”. Quem não se emociona ao ouvir “O tempo foi passando e eu fiquei. Por todos os amores aonde andei, tentei mas nunca deu pra esquecer de ti”?

Ai ai, meu coração!

#100MPBs #Dia016
edit

#100MPBs #Dia015 Memórias no velho computador...

| segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Começo a semana lembrando do gringo mais brasileiro que conheço.

Quem tem mais de 30 não deve desconhecer as músicas deste simpático e twitteiro cantor e compositor.

Ritchie é responsável por muitas das melhores músicas das trilhas sonoras das novelas dos Anos 80.

Entre tantas canções que fizeram e ainda fazem sucesso, a minha preferida é esta: "Voo de Coração". Eu me perguntava, naquela época: será que um dia vou ter um computador e memórias nele?

Quem nunca se imaginou fazendo o coro "coraçãããããããão! coraçãããããããão!" do final da música?


#100MPBs #Dia015
edit

#100MPBs #Dia014 É dia de descanso, nem precisava tanto

| domingo, 17 de agosto de 2014
Não sabia o que fazer, pois não tinha muito a ser feito. Domingo era sempre assim, e quem não estava acostumado?

Desde 1995, a música “Domingo”, dos Titãs, surgem na minha cabeça em dias como hoje. Quando eu tinha 19 anos, morava em Feira de Santana. Encontrava os amigos, tomava cerveja, cantava junto com os que tocavam violão, ia ao Cine Timbira ou Cine Íris, terminava o dia no Aqui&Acolá e a semana recomeçava. Esta rotina era “o não ter o que fazer” na cidade.

Hoje, moro em São Paulo, cidade com mil opções de segunda a segunda. E, por ter opção demais, “não sei o que fazê-er, não sei o que fazer”...


É... parece que nunca vou saber.

#100MPBs #Dia014
edit

#100MPBs #Dia013 Quero explodir por dentro

| sábado, 16 de agosto de 2014
Todo sábado é assim: eu me lembro de nós todos.

É o dia mais difícil sem uma máquina do tempo pra reviver o passado.

Não que meus sábados atuais sejam ruins, longe disso. E nem que eu sinta, através da música, saudade de alguém. Mas é que os sábados já vividos deixaram marcas inapagáveis.

Lembro das tardes de violão na praça do Conjunto Centenário, em Feira de Santana. Pelos passeios nas praças do Pará. Das rodas de cerveja e prosa pelas cidades da Bahia, de Pernambuco, da Paraíba. Lembro principalmente dos amigos que frequentam o Bar da Celpe, em Arcoverde. José Augusto não é de lá, mas, certamente, o Nordeste é uma das regiões na qual ele tem mais fãs.

Ouvir a voz dele é rever a abertura da novela Barriga de AluguelCoraçãããããão, diz pra miiiiim, porque é que eu fico sempre desse jeitúúúúúú...

É sentir o mesmo medo de quando estava no topo da roda gigante na Festa do Comércio de Arcoverde, nos finais de ano, de roupa nova e brincando de mocinha, mas que se sujava toda quando ia comer cachorro-quente ou sorvete de máquina – Beijo por bê-êijooooooo, sonho por sô-ônhooooooo, carinho por amooooorrrrrrr. Paixão porpaixããããããoooo...

É fazer de novo o percurso de volta da aula de catecismo e ouvir as caixas de som da Rua Sales Barbosa tocando sempre as mais pedidas na mesma ordem e na mesma hora – Navegarteus sonhooooos, regar teus sentimentos, orvalho de amoooooooooooor, flor depensamento IÊ IÉÉÉÉÉÉÉ! Nuvem passageira, inverno de paixãããã-ãããão! Amor deprimavera em chuvas de verããããõ!!

Irrúúúúú!

#100MPBs #Dia013



edit

#100MPBs #Dia012 Eu só vou se for pra ver uma estrela aparecer

| sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Que tal encerrar a semana ouvindo conselhos de quem sabe o que diz?

Tenho certeza que você conhece alguém que fala muito e age pouco. Que age nada e diz que age muito. Alguém que diz ter bens, mas no fundo não tem nem com o quê pagar a conta do pão na chapa da padaria da esquina. Alguém que veste marca, mas a reputação não tem a palavra “caráter” na etiqueta.

Pois. Vinícius e Toquinho já me avisava, desde minha infância, que “o homem que diz ‘dou’ não dá, porque, quem dá mesmo, não diz”.


“Coitado do homem que vai atrás de mandinga de amor”

#100MPBs #Dia012
edit

#100MPBs #Dia011 A história seria mentirosa...

| quinta-feira, 14 de agosto de 2014
E já que a minha última postagem falou em Zé Ramalho, esta contém uma grande cantora que foi sua esposa. Amelinha, que saiu do Nordeste na década de 70 para estudar Comunicação no Sudeste e ganhou as paradas musicais no comecinho dos anos 80 com clássicos como “Frevo Mulher” e “Galope Rasante”, ambas cantadas até hoje nos carnavais e festas juninas da vida.

Porém, a música que escolhi foi “Mulher nova bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor”. E o fiz por três motivos:

1. Acredito ser o maior título de música que conheço. Acredito até que, apenas o título, contenha mais letras do que muitos “sucessos” que tocam nas rádios hoje em dia;

2. A letra, lindíssima e rica em história, não é de Zé Ramalho como se pensa. É do poeta repentista, pernambucano de São José do Egito, Otacílio Batista. Zé a musicou;

3. Ouvi-la me faz lembrar de um casamento que assisti por engano – sim, por engano. Painho havia sido convidado para uma cerimônia na Catedral da Matriz de Feira de Santana, porém, por falta de atenção ao convite, ficamos esperando a noiva entrar na Igreja Senhor dos Passos. Entrava gente noiva, saía gente casada e nada de aparecerem os que a gente tinha ido ver. Foi quando Painho disse: vamos ver se a noiva certa é essa que vai entrar agora, se não for, vamos pra festa e esperamos o povo lá.

Foi quando os presentes se calaram, levantaram-se e a noiva começou a entrar. Ouvíamos sair das caixas de som: “numa luuuta de gregos e troiaaaanos por Helena, a mulher de Menelaaaau”. Rolou um constrangimento geral, todo mundo se entreolhando. Quem peste é que casa ao som de “Mulher nova bonita e carinhosa faz o homem gemer sem sentir dor”? A noiva baixou a cabeça, voltou para a porta da igreja de mãos dadas com o pai e começou tudo de novo, porém com a canção certa.


A explicação, imagino, tenha sido a troca do LP pelo “DJ” da cerimônia.
Nem esperamos este casamento acabar, fomos pra festa que já rolava há tempos.

Dos casais, nem lembro mais. Das músicas, nunca esqueci.

#100MPBs #Dia011
edit

#100MPBs #Dia010 Em cores vibrantes e ar soberano

| quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Um dos maiores orgulhos que trago desde aquele longínquo 29 de outubro de 1976 é o de ter nascido nordestina. Outro orgulho é de ter crescido ouvindo a boa música produzida na região. E mais orgulho ainda por saber que a música que meus conterrâneos fizeram e ainda fazem se tornam eternas pela qualidade.

Claro que não sou bairrista a ponto de achar bom tudo produzido no Nordeste. Há coisas descartáveis e muito ruins, mas quem é que há de não ter respeito por Zé Ramalho? Ouvi diversas das minhas músicas preferidas compostas e gravadas por ele, foi difícil chegar a uma só. Porém, “Beira-Mar” é das que ouço mil vezes sem deixar de descobrir um novo verso que me chame atenção.

“Há peixes que lutam para se salvar daqueles que caçam num mar revoltoso e outros que devoram com gênio assombroso as vidas que caem na beira do mar. É na beira do mar...”

#100MPBs #Dia010
edit

A Rádio Rock

| terça-feira, 12 de agosto de 2014
Uôu uôu! A Rádio Rock voltou!

É, eu sei que a volta da 89 não é novidade. Mas é que esse jingle gruda no juízo da gente.

Porém, só estou falando dela aqui para justificar e dar o crédito por esta imagem que vi hoje no Facebook da rádio.

"Só li verdades"





edit

#100MPBs #Dia009 Eu não passo de um malandro...

| terça-feira, 12 de agosto de 2014
Ontem eu falei que, se eu tivesse que escolher ser outra pessoa, gostaria de ser a Marisa Monte.

Hoje, a suposição muda. Se eu tivesse que viver de uma forma mais, digamos, “alternativa” e a escolha fosse possível, adoraria voltar no tempo e conviver uns dias com os Novos Baianos. Não sei se teria coragem de dividir com eles os alucinógenos e fumegantes artifícios utilizados para ver o mundo tão colorido quanto eles viam naquela época – ou veem ainda, quem sabe?


O que eu sei mesmo é que os Novos Baianos são os autores de uma música que me descreve como nem eu mesma conseguiria. Afinal, desde que me entendo por gente, “vou mostrando como sou e vou sendo como posso. Jogando meu corpo nomundo, andando por todos os cantos e, pela lei natural dos encontros, eu deixoe recebo um tanto”...

#100MPBs #Dia009
edit

#100MPBs #Dia008 O que me faça feliz, faça viver

| segunda-feira, 11 de agosto de 2014
Quando alguém me pergunta: se você pudesse ser outra pessoa, quem seria? Eu sempre penso em Marisa Monte. Sério! Eu queria ser ela.

Imagina a pessoa que vos escreve com aquela voz e aquela versatilidade?
Marisa é a única cantora da qual comprei todos os discos. Alguns, mais de uma vez. É uma daquelas que não sei qual a música preferida. No máximo, conseguiria listar as cinco preferidas de cada disco e olhe lá.

Porém, para postar aqui, escolhi uma que foi gravada no México. Sim, porque, quem é bom na arte que faz, arrasa no Brasil e fora dele. Nesta música, Marisa Monte foi convidada pela cantora Julieta Venegas para cantar “Ilusion”. A faixa faz parte do DVD acústico lançado pela MTV. Uma lindeza de dar gosto!


“...e ela se foi porque eu a deixei. Por que eu a deixei? Não sei. Eu só sei que ela se foi...”

#100MPBs #Dia008
edit

#100MPBs #Dia007 Siga o bom, deixe o ruim

| domingo, 10 de agosto de 2014
Hoje é domingo e Dia dos Pais. Dia de lembrar do meu querido pai Jeneci que tá lá em Pernambuco, na nossa terra, no nosso sertão. Dia de sentir mais saudade do que o normal. Dia de pensar na cerveja e no churrasco lá no sítio. Dia de ouvir música nossa.

Dia também de escolher uma entre tantas músicas que conheci através de Painho. A ele devo muito do meu (bom) gosto musical. A ele devo a honra de colecionar amigos verdadeiros, a paciência de aturar os nem tão verdadeiros assim e o desprendimento de deixar ir e manter longe, sem odiar, aqueles cuja companhia não vale a pena.

Por tudo e por ele, escolho hoje a música “Conselho ao filhoadulto” do nosso amigo poeta-repentista-prefeito Sebastião Dias. Homenageio também meu sogro, Sr Manoel, que virou um pai desde que eu me uni ao filho dele. Tenho certeza que, mesmo ele não conhecendo a música, deu estes sábios conselhos a Cláudio – para a minha sorte.

E, sim, eu sei que “estando perto ou distante não me deixa um só instante, porque, de SEMPRE em diante, além de pai é meu amigo”.

Te amo, Painho!

#100MPBs #Dia007
edit

#100MPBs #Dia006 Sei que não tenho juízo

| sábado, 9 de agosto de 2014
...mas, por acaso, o som tem cor?

É claro que tem! Som, quando é do bom, tem cor de final de semana, de alegria, de saudade. E o som da baiana A Cor do Som tem muito destas cores.

Como gosto de todas – eu disse TODAS – as músicas que o grupo lançou, passeei pelo YouTube para resolver qual escolheria. Me deparo, então, com esta relíquia: A Cor do Som no Cassino do Chacrinha.

O que mais tem cor de sábado do que isso? Para meus contemporâneos, as tarde de sábado eras dele, do Velho Guerreiro.


Clique e confira: A Cor do Som cantando “Dentro da minha cabeça”. Ah! E o Chacrinha fazendo coro!

#100MPBs #Dia006
edit

#100MPBs #Dia005 Quando me despedia, no meu canto lhe dizia

| sexta-feira, 8 de agosto de 2014
E chegou a sexta-feira.

Quem, assim como eu, tem mais de 30 e sempre gostou de uma cervejinha com os amigos após o expediente, não bebeu algumas – ou todas – ao som de voz e violão num barzinho qualquer?
E o que mais se parece com um barzinho, um banquinho, uma voz e um violão do que “Dia Branco” de Geraldo Azevedo? Porém, não foi esta a música que escolhi para hoje.


Escolhi “Canção da Despedida”, também de Geraldo. Eu lembro de ouvi-la sempre com Elba Ramalho no vocal, mas, ao ganhar de presente o disco Minha História, uma dessas coletâneas que viraram mania quando o CD foi popularizado, ouvi o próprio Geraldo falar sobre o impedimento em gravá-la. 

E, se eu já a achava bonita, passei a achá-la necessária em tempos de reis mal coroados que não querem o amor em seus reinados, pois, eles sabem, não vão ser amados. E, graças ao YouTube, trago para vocês a música e sua história.


#100MPBs #Dia005
edit

#100MPBs #Dia004 Seu olho me olha, mas não me pode alcançar

| quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Para mim, uma das mais lindas vozes do planeta. Quando pensei em Maria Bethânia, não consegui escolher uma música preferida. Então, sintonizei na Nova Brasil FM e pensei: a primeira música de Betha (íntima!) que tocar, eu publico no blog. E aí uma força de cima deve ter influenciado na programação da rádio neste momento, afinal, quem não rezou a novena de Dona Canô?

“Reconvexo” me levou direto para minha adolescência. Me fez lembrar das manhãs de sábado e domingo, quando a Nordeste FM, rádio feirense, tinha (ou, não sei, ainda tem) o programa Mesa de Bar, meu preferido. 

O Mesa de Bar era dedicado à música baiana, no tempo que a música baiana escutada pela massa tinha poesia sem deixar a dança de lado. Arrocha nem sonhava em ser inventado; pagodeira, nem pensar. “Quebradeira” até existia, mas era mesmo a situação dos nossos bolsos em tempos de inflação e insegurança financeira.

E, ao ouvir “Reconvexo”, a vinheta da Nordeste veio à minha cabeça!


“O ritmo do seu fim de semana é aqui: MESA DE BAAAAAAR!”



#100MPBs #Dia004
edit

#100MPBs #Dia003 As aparências não enganam, não

| quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Mais um dia, mais uma postagem. 

Sabe que estou começando a gostar disso?

Além de exercitar minha escrita, exercito aqui a memória. Escolher uma música por dia me faz viajar por várias delas e principalmente pelas lembranças que elas trazem.

A música de hoje é “Como nossos pais” do Belchior. Este bigodudo que anda bem sumido, tanto do país quanto da mídia, mas que nos deu de presente o Anunciação, um dos discos mais bem conceituados da música popular brasileira e lançando no ano que eu nasci.

E antes que você procure no Google a data de lançamento para saber a idade que eu tenho, eu digo logo: o ano é 1976. Agora faça as contas.
“Já faz tempo, eu vi você na rua. Cabelo ao vento, gente jovem reunida. Na parede da memória esta lembrança é o quadro que dói mais...”


E aí, vamos ouvir?


#100MPBs #Dia003
edit

#100MPBs #Dia002 Solto a voz nas estradas, já não quero parar

| terça-feira, 5 de agosto de 2014 | , , |
Escolhi “Travessia”, do Milton Nascimento, como a música para o segundo dia.

Lembro de ouvi-la no LP do Festival no qual ela foi lançada. Foi cantada por Milton em 1967, nove anos antes de eu vir ao mundo. Porém, no começo dos anos 80, eu a escutava e ficava pensando: o que levaria uma pessoa a querer se matar por amor? Por isso, sempre gostei mais da segunda estrofe, pois ali narrava uma volta por cima.

“Vou seguindo pela vida me esquecendo de você. Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver. Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer. Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver.”



#100MPBs #Dia002
edit

#100MPBs #Dia001 Vem, vamos embora, que esperar não é saber...

| segunda-feira, 4 de agosto de 2014 | , , , , , , , , |
Há tempos vejo crescer a tendência de postar, ao longo de 100 dias, uma foto de um momento inesquecível. O movimento tem o nome de #100happydays. Ou, em português, #100diasfelizes. 

Pensando nisto, crio hoje o meu #100MPBs. É uma forma de reativar meu blog e, pensando além, documentar momentos, histórias e impressões que cada uma destas 100 canções deixaram em mim.

Para começar, não podia ser outra. “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, é a primeira música popular que me vem à mente quando penso sobre o assunto. Lembro perfeitamente dos anos de 1982 e 1983, da capa do LP, da radiola, da casa na qual morávamos e até dos azulejos da garagem desta casa.

Mas, a maior lembrança, é de ficar pensado no que, de fato, significavam aqueles versos.
“Há soldados armados, amados ou não. Quase todos perdido de armas na mão. Nos quarteis lhes ensinam uma antiga lição: de morrer pela pátria e viver sem razão”



#100MPBs #Dia001
edit
Postagens mais recentes Postagens mais antigas

Minha casa virtual onde todo mundo é bem vindo

© Design 1/2 a px. · 2015 · Pattern Template by Simzu · © Content Maristelly de Vasconcelos