Em meio às pesquisas para apresentar um seminário sobre Indústria Fonográfica na universidade, decidi revisitar alguns clipes que me marcaram. Hoje, o YouTube é a nossa realidade. Podemos ver o que a gente quer, na hora que a gente quer e pausar ou parar se não quiser continuar a ver. Mas, revisitando alguns clipes, me vi pensando na época em que a MTV era a minha única fonte de "novidade" musical. Lá no comecinho dos anos 2000, a televisão que eu tinha em casa só pegava MTV sem precisar de antena e eu passava tão pouco tempo em casa que antena configurava um gasto desnecessário. Um dos clipes que eu torcia para que aparecesse na TV bem na hora que eu a ligasse era esse do Frejat. Não me julguem, mas eu chorei junto com o cachorrinho na primeira vez que o assisti.
Viveu os Anos 80 e não lembra desta música? DUVIDO! O refrão que mais se parece com uma manhã de segunda na qual você confere os números sorteado na MegaSena e vê que não foi dessa vez que sua conta no banco teve uma melhora. "Apois".
Uma música que lembro a cada vez que alguém aqui em São Paulo me pergunta: de onde você é?
Minha vontade sempre é cantar "Eu venho lá do Sertão. Eu venho lá do Sertão. Eu venho lá do Sertão e posso não lhe agradar".
Em quase 38 anos de vida, "aprendi a dizer não e ver a morte sem chorar".
"Disparada", de Jair Rodrigues e Geraldo Vandré, é um hino. Dividiu com "A Banda", de Chico Buarque, o primeiro lugar no Festival da Música na TV Record em 1966 (que nem sonhava em ser um dia do Bispo Macedão). Cada uma levou 15 milhões de cruzeiro como prêmio.
Pesquisando no YouTube uma versão dela para publicar aqui, escolhi uma relíquia: o momento da leitura dos premiados. O áudio não é dos melhores, mas a emoção de todos os envolvidos é das maiores.
Em tudo, não consegui deixar de observar a quantidade de policiais presentes num programa de TV. E há quem reclame da liberdade dos dias de hoje.
Além do link acima, com Maria Bethânia rezando a oração de Cosme e Damião, ouçam Mariane de Castro cantando lindamente a música pros santinhos queridos. E que os de bem continuem a fazer o bem.
"Sextou", gente! Tem dia melhor pra uma cerveja após o trabalho? Se bem que, nesta última semana, uma cervejinha foi a lei do final de cada dia. Pensando em mesa de bar, lembro de Reginaldo Rossi. E lembrando do Rei, penso em várias músicas. Portanto, uma que sempre vem à minha cabeça quando penso/falo/lembro dele, é esta. BOA CERVEJA, GALERA!
Um misto de saudade e declaração de amor, esta é a minha postagem de hoje.
Saudade da novela Cordel Encantado, uma das coisas mais lindas produzidas pela Rede Globo. Saudade das cenas, dos personagens, da história e, principalmente, saudade da belíssima trilha sonora.
Porém, a declaração de amor que faço aqui não é para novela. É para o meu namorido.
Basta a gente nascer pra tomar ciência que o mundo é mesmo um moinho. Mas, quão feliz somos por existir a arte. Arte que nos ajuda a esquecer e aliviar as dores de quando temos os sonhos triturados e nossas ilusões reduzidas a pó.
Duas (talvez sim, talvez não) lendas:
Uma, sobre a música abaixo, dá conta que Cartola compôs "O mundo é um moinho" como um alerta para a filha - ou enteada que ele queria bem como se fosse sua própria filha - que, muito nova, deixava a sua casa para se prostituir.
Outra, sobre o vídeo postado: trata-se de um reencontro de Cartola com o pai muito anos após uma separação por brigas e desentendimentos. Cartola, já consagrado, porém sem dinheiro, volta a morar na casa dos que lhe trouxeram ao mundo.
Ouçam-me bem, amores: se não cuidarmos, estaremos à beira do abismo. Abismo que cavasmos sempre com os nossos pés.
Não importa a idade que você tenha, você conhece a música "Garota de Ipanema" de Tom Jobim. Você pode até não saber a letra inteira, mas, certamente, continuará cantando se eu disser: "olha que coisa mais linda..." Talvez você também nem saiba que a tal garota sobre a qual a música fala é a Helô Pinheiro, a mãe da Ticiane Pinheiro, aquela da Record, que é ex-mulher do Roberto Justus e ex-namorada do Jornalista César Trali. Pois. Deixemos as fofocas de lado. "Garota de Ipanema", composta em 1961 e consagrada mundialmente, é uma das composições mais famosas da Bossa Nova, estilo musical genuinamente brasileiro. Não é raro ouvi-la tocada ao piano na trilha sonora de algum filme estrangeiro. A versão que trago para vocês hoje é a primeira gravação com intenções, digamos, comerciais. Quem a canta é o saudoso Pery Ribeiro, filho dos também saudosos Herivelto Martins e Dalva de Oliveira.
#100MPBs #Dia051
Já uma, bem mais recente, e que usa "Garota de Ipanema" como pano de fundo, é a Bossa 9 do Gabriel o Pensador, mas aí já fala de um Rio de Janeiro atual. É melhor a gente ficar com o passado em mente mesmo! =P
E não é que cheguei à metade do desafio que eu mesma propus?
Com a postagem de hoje, chegamos ao número 50 de uma música popular brasileira por dia. Alguns dias com atraso, mas nunca sem uma canção oferecida. Alguns dias, inclusive, com música extra. Pois é!
Portanto, um número tão expressivo merece uma música especial.
"Rua Ramalhete", do Tavito, foi gravada em 1979. É bem verdade que as primeiras lembranças que tenho dela são de anos mais tarde.
Não estudei no Sacré-Couer, não usei o uniforme de lá, não fui alvo de olhares de rapina, nem dancei nos bailes da esquina, mas, posso garantir: ouvir "Rua Ramalhete" me faz ter saudade de quase tudo aquilo que não vivi.
Ó Paí Ó. Elenco dançando "I miss her" no Bar do Neusão
Quase metade do desafio. Estou no número 49 de 100 dias oferecendo uma música popular brasileira para quem vem aqui me visitar.
Hoje, domingo, trago uma das primeiras músicas baianas - já da chamada axé music - que tenho recordação. Digo uma das primeiras, pois, ainda no comecinho da infância, escutava muito Armandinho, Dodô & Osmar, Morais Moreira, Caetano, Gil, Gal Costa e Bethânia que, apesar de serem baianos, já apareciam em rede nacional e não tinham suas produções ligadas ao estado natal.
"E lá vou eu", da Banda Mel, foi sucesso nos anos 80. Contemporânea de "Faraó", "Madagascar" e "Elegibô", verdadeiras aulas de história em forma de música, foi um dos primeiros sambarreggaes a levar os negros dos guetos baianos para as TVs do Brasil inteiro.
Mais do que o ritmo, as mensagens e pedidos de atenção me chamavam à reflexão. E chamam até hoje.
Em tempos de gente achando normal que negros sejam chamados de macacos, percebo que mais músicas como esta deveriam ganhar mais espaço nos grandes meios de comunicação e de entretenimento.
Trago, então, a versão de "E lá vou eu" que faz parte do Filme Ó paí, ó. Para quem viu o filme, arrepie-se novamente. Se ainda não o viu, eu recomendo.
Sáááábaaaaaadooooo!! Dia de puxar os móveis da sala. Uns para fazer festa, outros para fazer faxina. Pelo sim, pelo não, um som que combina com sábado (e com todos os dias da semana no caso de você estar vivenciando a emoção de sambar na cara de alguém ou da sociedade em geral) como esta:
Hoje começa mais um The Voice Brasil. A partir de hoje, nossas linhas do tempo nas redes sociais, estarão inundadas de postagens do tipo: - Ai, o nome do programa é The Voice Brasil, mas os candidatos só cantam música em inglês!(os que não entendem que nenhum cantor, mesmo que brasileiro, está proibido de cantar em outra língua) - Ai, The Voice Brasil? Que merda! Eu prefiro os gringos! Não assisto à Globo mesmo, só vejo canal fechado. (aquele norteamericano que só conhece "uzistêites" pela Sessão da Tarde) - Nossa! Que figurino horrível! Tá parecendo um cebola, cenoura, alface, ovo, galinha ou qualquer outro hortifrutigranjeiro. - Aff! Quem disse que Carlinhos Brown entende de música? O cara só sabe coisa de bater tampo, esse macumbeiro. (Gente que não sabe de nada, inocente, sobre o baiano e sua história musical) - Lulu Santos é antipático! Odeio ele!(gente que não sabe a história e o valor do Lulu pra MPB e rock nacional e que não percebeu ainda que, sendo chato ou não, ele não tá convidando ninguém pra dividir apartamento com ele) - Ai, o Lulu é gay, né?(e se for, gente?) - Daniel tá fazendo o que ali?(sendo um fofo, apenas) E as postagens mais esperadas - POR MIM, claro: - As que falam mal de Cláudia Leitte. Escrevi tudo isso para trazer hoje o som da participante que me arrancou lágrimas em cada uma das apresentações. E que, nesta edição, surjam mais Lucy Alves, mais sanfonas, mais música popular brasileira e que a voz nacional se junte à música também nacional. Estamos em tempos de necessidade de música da boa. No vídeo abaixo, trecho do DVD de quando ela fazia parte da banda da família, a Clã Brasil. A música é Bate Coração e conta com a participação da forrozeira Marinês.
Perdi a conta de quantas vezes ouvi os versos das diversas músicas dos Los Hermanos. Sim, porque Los Hermanos não é só Anna Julia, qualquer pessoa sabe disso, menos os chatos.
Perdi a conta de quantos shows deles eu assisti. Ao vivo, no cinema, em DVD.
Perdi a conta de quantas vezes me emocionei ao som deles e de tantos outros artistas que já os regravaram.
Acho até que Los Hermanos daria uma série especial, vou pensar nisso.
Por enquanto, vamos ver o horizonte distante aprumar?
Terça-feira de muita saudade. Saudade da infância, de boas músicas tocando na maioria das rádios, de poesia no ar. Saudade, saudade, saudade. Saudade da minha linda juventude, página de um livro bom.
O Brasil sabe que o Nordeste é uma região que possui miniregiões secas. Em alguns lugares, a água não cai tanto do céu como precisamos. Porém, se tem uma coisa que, também pela falta de chuva, nasce com abundância no sertão nordestino é a poesia.
A música de hoje traz um dos exemplos dessa fertilidade infinita. Os Vates e Viola, grupo composto pela dupla de irmãos, paraibanos da cidade de Prata, Luiz Homero e Miguel Marcondes, ambos filhos de minha queridíssima Dona Duca e de Zé de Cazuza, o Mestre das Artes. Irmãos dos igualmente poetas Felisardo Moura e Antenor Cazuza.
Ouvir essa canção me faz lembrar do meu sertão e sempre fará. Mas há alguém que me impeça de pensar também no atual momento seco e sem perspectiva de chuva que assola São Paulo?
Longe de mim achar que estamos, aqui na Pauliceia, pagando o preço dos anos de discriminação e piadas - sem graça - que tantos nascidos aqui fizeram e ainda fazem com os nordestinos. Mas que a coisa tá feia, ah, isso tá!
Trago aqui a primeira versão que ouvi, e foi na voz de Flávio José.
Fui ao show da banda Vintage Bop num bar chamado Santa Cevada. [um bar que tem esse nome só pode prestar, né?]
Entre tanta coisa legal que a banda tocou, curti bastante ouvir Raul Seixas e Camisa de Vênus. Amanheci lembrando do que lá ouvi e revisitei as obras destas duas referências do rock nacional e, sempre é bom lembrar, do rock feito na Bahia.
Gosto muito de muita coisa que Raulzito e Marcelo Nova fizeram juntos ou separados. Não há como escolher a favorita, portanto, em tempos de pastores, bispos e religiosos de iniciativas e posições duvidosas, a que trago hoje deveria tocar com mais frequência nas rádios, nas ruas, no mundo inteiro.
Hoje é o dia da maior das minhas saudades. É aniversário do meu maior bem querer, meu Digão, o anjo mais lindo que há entre nós. Há dois anos que não nos vemos, desde que vim morar em São Paulo. Mas não sei de um dia sequer em que eu não tenha falado nele ou lembrado dele ou de querê-lo perto de mim. Nestas horas, me pego pensando: por que este Brasil precisa ser tão grande? O som de hoje é dedicado a ele: "Meu bem querer", de Djavan. Mais lindo que o dono dela, é Digão cantando esta música. Ainda vou achar um vídeo que fiz dele no Bar da Celpe, sem timidez alguma, cantando o amor. Rodrigo, meu lindão, um beijo do tamanho do amor de "Teté" por você.
100 exemplos da música popular brasileira, eu tenho pra tocar, quem quer ouvir? Hoje trago dois exemplos do melhor que a MPB produziu. Dois talentos que deixaram, além da arte, muita saudade. Clara Nunes e Sivuca. Sivuca e Clara Nunes. E vamos à sexta-feira!
Chegou mais um 11 de setembro. Dia de lamentar o ataque às torres gêmeas? Claro que não! Dia de comemorar a emancipação política da minha cidade natal, cidade linda, coisa minha, meuzamô, ARCOVERDE, gente boa! Arcoverde é o tipo de cidade que você ama conhecer, então, como não amar ter nascido lá? Terra da minha família, dos meus maiores amigos, dos irmãos que a vida me deu, das melhores festas de São João, dos melhores bares e farras, das melhores e maiores lembranças da minha vida. Terra da Super Oara, terra dos muitos grupos de Samba de Coco, terra do Cordel do Fogo Encantado, terra de Paulinho Leite, terra de Wagner Carvalho, terra de João Silva - grande parceiro de Gonzagão, terra de Tonino Arcoverde, terra de tantos e tantos artistas que fazem e exalam cultura. Terra MINHA, minha gente! Terra também que, por ser a cidade natal do primeiro Cardeal da América Latina, me faz ter que repetir este dado histórico a cada vez que preciso preencher uma ficha em qualquer lugar desse Brasil, pois sempre me fazem ao menos duas perguntas: "o sobrenome de sua mãe é o nome da cidade?" e "você é parente do Cardeal Arcoverde que deu nome aquela famosa avenida acolá?". Arcoverde, de tão boa que é, tem até homenagem na voz de Luiz Gonzaga. Minha Arco não é fraca, não!! 86 anos de Arcoverde. Parabéns, minha cidade!!
Acordei pensando em Adriana Calcanhoto e nesta música que sempre me faz ter saudade do mar. Aliás, estou até pensando em criar uma série só de canções que falem de litoral, de sol, de praia... Quem sabe no Verão, né? E aí, ao ligar a TV, Ana Maria Braga estava cantarolando e se remexendo ao som de uma música da Calcanhoto e eu pensei comigo: só pode ser um sinal. Pois que seja um sinal de que está perto o dia de eu poder, enfim, rever as águas de Iemanjá. Mas, enquanto eu não lavo o corpo e a alma na água salgada, vamos à música?
Música de presença garantida nos luaus da década de 90 e que, após eu assistir um show da Sylvia Patricia, na Praça Teresa Batista, ali no Pelourinho, uns cinco anos atrás, acredito que ainda tenha seu lugar nas rodinhas e voz e violão. Um público enorme a cantava em coro, todos com cara de saudosismo e olhinhos fechados. "Marca de amor não sai" é uma versão que Patrícia fez para a música "Is It Ok If I Call You Mine" e é puro romantismo. Eu diria até que ela é a nossa "More than words", todo mundo conhece e sabe a letra inteira.
Atire a primeira pedra quem não cresceu numa casa na qual tinha/tem pelo menos um disco do Roberto Carlos.
Atire a segunda quem tem mais de 30 e não conhece ao menos umas cinco músicas dele.
E, por fim, atire a terceira aquele que não tem, em sua cidade, uma rádio sequer que não toque um Especial de Roberto Carlos nas manhãs de domingo. Desafio mesmo!!
Eu cresci cercada por sua obra. Cresci ouvindo suas músicas nas festas de final de ano, afinal, nos anos 80 e 90, o Natal só chegava se o novo disco do Roberto já estivesse nas lojas e o especial da Globo começasse a ser anunciado.
Porém, não sou tão fã assim das músicas da época mais, digamos, pop, do Rei. Gosto, e muito, das músicas dos tempos mais lá atrás, a exemplo desta que trago hoje. "E por isso estou aqui" é de 1968. <3
Em tempos de desafios diversos com as mais diversas finalidades, só posso observar que o intuito maior é a exposição do autor dos vídeos. Há quem tome banho de água com gelo - o que é bem diferente de banho de água gelada. (Houve até quem tomou banho de pedras de gelo apenas). Há quem tire foto "sem make e sem filtro" - o que é bem diferente de "abrir mão" da vaidade exagerada. Há quem sugira o desafio da doação de sangue (essa mina sou eu). Enfim. Ao ver tanta boa intenção e demonstração de altruísmo, lembro da música "Oposto" do Fim de Feira, dupla composta pelos meus queridos Tiago Mocotó e Gabriel Lopes. Um dos muitos sábios versos da canção diz que "...cada gesto de humildade traz também em si o orgulho que permeia a vaidade." Confira a música na íntegra:
Mais uma música com cara de fim de semana. "ABC do Preguiçoso", do talentosíssimo Xangai, é dessas músicas que te fazem rir e imaginar as cenas de cada verso cantado. Sobre ela, falo pouco. Xangai canta e fala mais.
Clássica em qualquer barzinho numa noite de sexta, “Quando te vi” cabe muito bem na mesma lista de músicas como “Andanças”, “Canteiros, “DiaBranco” e “Frisson”. Sempre tocadas, sempre emocionantes.
Acho que foi uma das primeiras músicas que aprendi a cantar
inteira. Imaginava: será que um dia amarei alguém a ponto de só ver alegria em
sua presença?
Sim. E não é que amo?
Beto Guedes, o pai de lindas composições, hoje a postagem é
com você.
Se eu fosse fã dessas modinhas de desafios, proporia este: Quero ver a carteirinha da última doação de sangue dos meus amigos. Afinal, não pede depósito em dinheiro e nem por isso deixa de fazer o bem a quem precisa. E AÍ? QUANDO FOI SUA ÚLTIMA DOAÇÃO?
E a música de hoje tem o nível de romantismo mais elevado que a preocupação de Silas Malafaia com a homossexualidade alheia. Sucesso nos anos 90, "Sem limites pra sonhar" é dessas que me fazem imaginar um namoro num parque florido, com sorvete, mãos dadas e contemplação do pôr do sol. Então, aumenta o som e sinta o amor!
...Sem limites pra sonhar, pois é só assim que se pode inventar o amor...
Da série "coisas que tenho vontade": saber se as professoras ainda fazem os alunos repetirem as conjugações verbais em todos os seus tempos nos cadernos de português. É que, pelo que vejo nos muitos ambientes da internet, a galera mais nova parece andar faltando às aulas ou as docentes andam trabalhando em vão. Falei tudo isso para entrar no assunto principal: "Construção" de Chico Buarque, a música de hoje. "Construção" foi usada pela minha querida e inesquecível professora Marieta Peixinho para ensinar sobre as proparoxítonas e os verbos no pretérito perfeito. Eu estudava no Colégio Padre Ovídio, lá em Feira de Santana. Não lembro se era 7ª ou 8ª série, não lembro de tudo o que a sábia professora Peixinho ensinou, mas, da música, daquela aula e da prova na qual a música voltou a aparecer, nunca esqueci.
Houve um tempo em que o amor era cantado e sofrido ao mesmo
tempo. E, mesmo eu me achando tão “pra frente”, penso já ter vivido
naquela época.
E, como acredito em reencarnação, devo mesmo ter vivido
aqueles tempos. Pela familiarização que tenho com algumas fases da música
popular brasileira, não devo ter esperado muito entre umas e outras vidas
terrenas.
A música de hoje é um exemplo desta minha “lembrança do que
não vi”. A “Deusa da minha rua” é uma das canções que, quanto mais eu pesquise versões
gravadas, mais encontro pérolas.
A conheci com Dilermando Reis e Francisco Petrônio. Depois, a
ouvi com Nelson Gonçalves e qual não foi meu sorriso de alegria ao ouvi-la na
trilha sonora do filme “Lisbela e o Prisioneiro” com Geraldo Maia & Yamandu Costa.
Se o amor, por si só, já é lindo, o amor com poesia é muito
mais.
Quantas flores você notou desabrochando ao seu redor no mês
que passou?
Quantas ganhou ou deu no último ano?
Inconscientemente, ao procurar uma música para publicar
hoje, não me toquei que era 1º de setembro. Escolhi "Veja", também chamada de "Margarida", popularizada na voz da cantora Elba Ramalho. Porém, pesquisando, me apaixonei pela versão original, gravada pelo próprio autor, o paraibano - assim como Elba - Vital Farias.
E vai chegar a primavera. Que venha a estação das flores e das cores.
Pós-graduanda em Mídia e Redes Sociais pela Universidade Anhembi Morumbi
Jornalista formada pela Universidade Nove de Julho
Graduanda também do curso de Letras pela mesma Universidade
Natural de Arcoverde, Pernambuco, e cidadã paulistana desde 2012
Apaixonada pelo bairro da Santa Cecília, onde vivo desde que cheguei à capital paulista
Casada, sem filhos